sexta-feira, 18 de abril de 2008

Não confio em primeiras impressões

Comigo as primeiras impressões não funcionam ou raramente funcionam... Muitas das pessoas que não gostei à primeira vista e que aparentemente eram incompatíveis comigo são agora minhas grandes amigas. E do mesmo modo, o contrário acontece, quase todas as pessoas, que simpatizo num primeiro instante e me assemelho, são aquelas que hoje não gosto tanto e não temos tanto em comum... Não sei se isto só acontece comigo, mas para mim tem se revelado tão real como a verdade duma lei causa-efeito.

É bom sermos surpreendidos pela positiva, mas o inverso já provoca outro sentimento não tão prazenteiro obviamente. No entanto, penso que a pior situação é quando temos uma primeira impressão errada de alguém e não damos hipótese dessa pessoa se redimir e mostrar o que realmente é...

Por tudo isso, eu não acredito em primeiras impressões! Estas enganam-me, iludem-me, atraiçoam-me... Acredito sim em segundas oportunidades, com uma vasto número de impressões.

Feeling small...


Recentemente, tive um instante em que me senti pequena. Como uma criança enfrentando os pais. Todos nós nos lembramos do tempo da infância, onde os adultos, nomeadamente os pais, são os heróis do mundo, os donos da razão, são indestrutiveis e destemidos. Nós, seres dependentes, apenas os conseguimos admirar, observando-os com olhos de assombro e esperando um dia ser assim. E eles, por sua vez, contemplam-nos com um olhar que até hoje não sei decifrar, se com piedade, compaixão... Pois bem, tive um momento tal e qual assim, com a minha dimensão reduzida a nada, e contudo continuava a encolher face a um crescimento alarmante por parte de duas criaturas. Uma anã entre gigantes... Foi, no mínimo, assustador!

Momento mais bizarro, mais estranho...