quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Writer's Block


Não consigo escrever, é oficial!

domingo, 11 de outubro de 2009

Braga, a minha cidade! :)


"Braga é fantástico. Às vezes, fica-se com a impressão que é Braga que deveria mandar neste país. Veio do Sporting de Braga o treinador que está a salvar o Benfica. Mas, mesmo sem esse treinador, o Sporting de Braga está em primeiro lugar.
Acho que o Sporting de Braga é o único clube de que todos os portugueses gostam secretamente. Os benfiquistas acham que eles são do Benfica; os do Sporting apontam para o nome e os portistas, por muito que lhes custe, são nortenhos e não se pode ser nortenho sem gostar de Braga.
Toda a gente tem medo - e com razão – do Sporting de Braga. Há a mania de engraçar com a Académica de Coimbra ou com o Belenenses, mas são amores fáceis, que não fazem medo nem potenciam tragédias.

O Sporting de Braga não se presta a essas condescendências simpáticas. É por ser temido que o admiramos. Mais do que genica, tem brio. É uma atitude com que se nasce; não se pode ensinar nem aprender.
A primeira vez que fui a Braga já estava à espera de encontrar uma cidade grande e diferente de todas as outras. Mas fiquei siderado. Acho que Braga se dá a conhecer a quem lá entra, sem receios ou desejos de impressionar. A primeira impressão foi a modernidade de Braga – pareceu-me Portugal, mas no futuro. E num futuro feliz. O Porto e Lisboa são mais provincianos do que Braga; têm mais complexos; têm mais manias; têm mais questiúnculas por resolver e mais coisas para provar.
Braga fez-me lembrar Milão. É verdade. Eu adoro Milão mas Milão é (mais ou menos) italiano, enquanto Braga é descaradamente português. Havia muitas montras; muitas luzes; muita alegria; muito à-vontade.
Lisboa e Porto degladiam-se; confrontam-se; definem-se por oposição uma à outra. Braga está-se nas tintas. E Coimbra – que é a outra cidade feliz de Portugal – também é muito gira, mas não tem o poderio e a prosperidade de Braga.
Em Braga, ninguém está preocupado com a afirmação de Braga em Portugal ou no mundo. Braga já era e Braga continua a ser. Sem ir a Roma, só em Braga se compreende o sentido da palavra “Augusta”. Em contrapartida, na Rua Augusta, em Lisboa, não há boa vontade que chegue para nos convencer que o adjectivo tenha proveniência romana. A Rua Augusta é “augusta” como a Avenida da Liberdade é da “liberdade” e a Avenida dos Aliados é dos “aliados”, mas Braga é augusta no sentido original, conferido pelo próprio Augusto.
Em Braga, a questão de se “comer bem” ou “comer mal” não existe. Come-se. E, para se comer, não pode ser mal. Pronto. Em Lisboa, por muito bem que se conheçam os poucos restaurantes, está-se sempre à espera de uma desilusãozinha.
No Porto, apesar de ser difícil, ainda se consegue arranjar alguma ansiedade de se ser mal servido; de ir a um restaurante desconhecido e, por um cósmico azar, comer menos do que bem. Em Braga isso é impossível. O problema da ansiedade não existe. Braga tem tudo. Passa bem sem nós. Mas nós é que não passamos sem ela, porque os bracarenses ensinam-nos a não perder tempo a medir o comprimento das pilinhas uns dos outros ou a arranjar termómetros de portuguesismo ou de autenticidade.
É por isso que o Sporting de Braga está à frente. Não é por se chamar Sporting. Não é por ter cedido o treinador ao Benfica. O Benfica ganhou muito com isso. Mas é o Sporting de Braga que está à frente.
É por ser de Braga. É uma coisa que, infelizmente, nem todos nós podemos ser.
Fique então apenas a gentileza de ficar aqui dito de ter pena de não ser".

Miguel Esteves Cardoso in Revista J , 4 de Outubro 09



Ainda bem que alguém reconhece o valor da minha cidade.

domingo, 20 de setembro de 2009

Pursuing happiness.



Right now I am all of what I’m suppose to be,
I have all I’m supposed to want
and I’m doing what I’m supposed to like.


However that is not enough…


Can I be happy and still not be fulfilled?

Too tired...


I'm tired...

Tired of being everywhere and nowhere.

Tired of feeling, talking, being...

Tired of this place...

I just want to hide.

In a place I can just hear the silence.

Think, uniquely think!

I have the necessity to be alone,

so I can appreciate the presence of others.

I want to feel the quietness.

I need time to myself,

as I'm being absorbed by the world.




I'm just afraid that when I finally get that time to myself I will not want it any more.

What is more frightening is that I know that will happen.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Children's eyes.


Actual children’s answers to the question “what is love?


“When someone loves you, the way they say your name is different. You just know that your name is safe in their mouth.” - Billy, age 4

“Love is when a girl puts on perfume and a boy puts on shaving cologne and they go out and smell each other.” - Karl, age 5

“Love is what makes you smile when you’re tired.” - Terri, age 4

“Love is when my mommy makes coffee for my daddy and she takes a sip before giving it to him, to make sure the taste is OK.” - Danny, age 7

“Love is what’s in the room with you at Christmas if you stop opening presents and listen.” - Bobby, age 7

“Love is when you go out to eat and give somebody most of your French fries without making them give you any of theirs.” - Chrissy, age 6

“If you want to learn to love better, you should start with a friend who you hate,” - Nikka, age 6

“Love is when you kiss all the time. Then when you get tired of kissing, you still want to be together and you talk more. My Mommy and Daddy are like that. They look gross when they kiss.” - Emily, age 8

“Love is when you tell a guy you like his shirt, then he wears it everyday.” - Noelle, age 7

“Love is like a little old woman and a little old man who are still friends even after they know each other so well.” - Tommy, age 6

“During my piano recital, I was on a stage and I was scared. I looked at all the people watching me and saw my daddy waving and smiling. He was the only one doing that. I wasn’t scared anymore.” - Cindy, age 8

“My mommy loves me more than anybody. You don’t see anyone else kissing me to sleep at night.” - Clare, age 6

“Love is when Mommy gives Daddy the best piece of chicken.” - Elaine, age 5

“Love is when your puppy licks your face even after you left him alone all day.” - Mary Ann, age 4

“I know my older sister loves me because she gives me all her old clothes and has to go out and buy new ones.” - Lauren, age 4

“When you love somebody, your eyelashes go up and down and little stars come out of you.” - Karen, age 7

“Love is when Mommy sees Daddy smelly and sweaty and still says he is handsomer than Brad Pitt.” - Chris, age 7

“You really shouldn’t say ‘I love you’ unless you mean it. But if you mean it, you should say it a lot. People forget.” - Jessica, age 8

“When my grandmother got arthritis, she couldn’t bend over and paint her toenails anymore. So my grandfather does it for her all the time, even when his hands got arthritis too. That’s love.” - Rebecca, age 8

Missing you.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Raining on me.


Os olhos doem-me...

As lágrimas querem desesperadamente sair,
mas eu não quero deixa-las ir.
Pois quando as deixar rolar,
não sei se conseguirei parar.
Até ao derradeiro momento quero aguentar,
mas até lá o coração está paulatinamente a quebrar,
a mente por antecipação a latejar,
e só palavras toscas consigo rimar.

Vejo a depressão a aproximar,
o futuro incerto a chegar,
duas almas, uma vez unidas, a voar
com uma liberdade indesejada,
que forçosamente terão que aproveitar.
"A vida é injusta", já devia saber.
A frase mais cliché, mas tão verdadeira,
que surpreendentemente sempre nos faz sofrer.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Wait and see...


"Absence diminishes small loves and increases great ones, as the wind blows out the candle and blows up the bonfire."

Francois de la Rouchefoucauld

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

The unwanted end.


Existe tanto que gostaria de te dizer, que vai ficar por dizer.
Tantos momentos para partilhar, que vão ficar por viver.
Tanto, tanto que nem sei por onde começar.

Vivemos intensamente, mas acabamos tão precocemente.
Um fim não querido.
Mas exigido pelo destino, demolindo todos os nossos desejos.
Aproximou-nos, apaixonou-nos, juntou-nos...
E agora..
Ele mesmo nos separa.
Tem esse malfadado poder de ditar os começos e os fins.

Deveria eu ficar contente por ter acontecido?
O amor aconteceu-me.
Mas, em oposto ao cliché, não me alegra!
Sei que tal amor poderia ter continuado.
Poderia ter dado certo.
Poderia...
Mas não pode agora.
Porque após a tempestade e o pó assentar, eu e tu seremos pessoas diferentes,
com apenas uma historia em comum, que dificilmente se irá repetir.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Cold feet.


O tempo corre,
e eu não o consigo agarrar.
Quero pará-lo.
Quero tempo para pensar,
para me mentalizar
que a vida como a conheço
vai mudar de pernas para o ar.

A mudança assombra-me,
onde quer que vá.
Sem querer,
guardo os cheiros,
fotografo mentalmente
memorizo as vozes e o zunzum envolvente.
Beijo mais e abraço mais,
algumas vezes só em pensamento.

A estupidez preenche-me,
e não quero continuar.
Quero ficar para trás,
acomodar-me à vidinha conhecida,
que estou acostumada a levar.
Deixar os sonhos serem sonhos,
inconcretizaveis.

Estou cega pelo medo
e não consigo raciocinar.
Aprecio restituição de visão permanente,
muito brevemente.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

End.


Correction: Nous n'allons pas trouver une solution. Female sign in Germany and male sign in Romania.


People complain about having bad endings,
and not having the desired happy ending.

Everybody wants the Great Happy Ending,
after all 'happily ever after' sounds more than perfect.
However, I'd gladly have the bad ending.
It would be so much easier to say goodbye,
no regrets, putting the blame on the other one or even me.


But no, I don't get to have a bad ending or a happy one either.
I just have an end,
happy or bad will remain hypotheticals.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Auf wiedersehen



The time for goodbye is imminent.
I hate goodbyes and farewell wishes.
I don't know how to do it,
without getting too emotional or contrarily hard as a rock.

But I do want to say goodbye to you.
I need to.
It will hurt, it will definitely hurt!
But not having the memory of the goodbye would hurt much more.

And if I don't plan to have that moment,
every time I'll be with you,
I'll be scared it is going to be the last time.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

You blow my mind, honey! :)

Childhood fears









Childhood fears by Joshua Hoffine



When I was a child I had many fears and consequently many theories to overcome them.

I was scared of going to the bathroom at night, but if I woke up my sister and she turned on the light nothing bad would happen to me.
I was scared of sleeping alone, but if I stayed without moving under the blanket nothing bad would happen to me.
I was scared of being alone at home, but if the TV was turned on nothing bad would happen to me.
I was scared of seeing horror movies, but if I saw them until the end and after I could go to my mother's bedroom nothing bad would happen to me.

The fears were justifiable, but the theories I just made them up, because they were so pathetically comforting.

Now I don't have the same fears, the fears changed, unfortunately they will always be there. I just wished for the presence of theories as well, so nothing bad would happen to me.

caztgzafrinaa sxoares - Catarina Soares

quinta-feira, 16 de julho de 2009

My new Residence.









Europa- und Georgi-Haus, Hamburg

Esta será a minha próxima residência a partir de Outubro até Fevereiro. Isto é, se eu aceitar a oferta de quarto desta residência que me chegou ao email.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

You.

Courtesy cards by Gramkinpaperstudio












Sometimes I wish I could have one of these cards...

Annonymous



Gosto de sentimento que me transmite ser desconhecida numa terra longínqua, da qual só ouvi falar.. Mas o medo acompanha o pulsar desse sentimento. É ambivalente, a leveza da liberdade de sermos quem nós quisermos, segue o peso da insegurança de só podermos contar connosco próprios. Porque as identidades desconhecidas são isso mesmo, desconhecidas. E, portanto, aterradoras.

Nós = Laços



Comecei a atar o nó, estando consciente plenamente das suas consequências. Fui puxando o fio até ele ficar bem preso, sabia que mais tarde ou mais cedo iria ter que o desatar e nessa altura iria sofrer. Contudo, quis ata-lo com força, porque queria sentir o prazer de o atar, queria ser feliz nem que não fosse por um tempo indefinido. Nunca pensei é que o nó ficasse tão bem atado, sendo impossível desata-lo. Está, tal e qual, como pretendia, bem preso. E, neste triste caso a tesoura é a única solução.


Agora o outro nó, o nó da garganta não desce... E arrisco-me a ficar sem voz.

Language.



O meu gosto pela linguagem nasceu desde cedo. A eloquência, a retórica e a oratória fascinam-me dum modo intenso que não consigo descrever, de facto invejo de forma quase cruel as pessoas a quem esse dom é inato. É a minha paixão, mas na realidade sei que por mais que tente nunca conseguirei expor oralmente tão bem as minhas ideias como consigo transmitir escrevendo. E mesmo ai deixo muito a desejar...

domingo, 5 de julho de 2009

sábado, 4 de julho de 2009

My own seeds.

Um dia, ainda distante no tempo, gostaria de contribuir para o mundo com uma semente e acarretar todas as implicações que essa mesma engloba.

Estranhamente penso, que mesmo sendo eu uma árvore em crescimento, já acompanho o processo de crescimento de outras árvores. Não é a obrigatoriedade de o fazer, pois isso não me é pedido, é sim a minha excessiva preocupação com os outros ou talvez o instinto maternal que me é inerente, que me induz a fazê-lo.

Só espero que a minha ajuda seja suficiente, para que consigam trepar fora da minha influência, alcançar a autonomia de crescer sozinhas e chegar à idade adulta.

Todavia, não consigo evitar pensar que é essa minha ajuda constante que as impede de atingir a autonomia. Às vezes, temos que deixar as árvores crescerem sozinhas, para que elas próprias tenham a oportunidade de se fortalecer.

There's too much on my mind.


Quando tenho a mente demasiado farta, não consigo adormecer.

Primeiro, tenho que ordenar todas as ideias, e a melhor maneira é quase sempre pondo-as em papel. Porque senão a confusão abala-me e o desequilíbrio nasce em mim.

Por essa razão, apesar de recear tudo o que diz respeito ao conceito de solidão, preciso de conviver comigo para não enlouquecer.

Desabafo


Não compreendo certos comportamentos, por mais que tente não consigo compreender.
Observo e tento mesmo entender, mas em vão. Porque os vejo sistematicamente a acontecerem sem qualquer tipo de mudança. Antes aceitava-os, porque esperava uma evolução. Agora condeno-os, porque a mudança não existe.

Será que me tornei demasiado adulta para os aceitar?
A minha idade muda obviamente, mas supostamente a de outros também deveria mudar.

Eu avanço e vejo outros a ficar para trás, imutáveis, ficando para mim inalcançáveis. Deixando-me com pouco ou nada em comum com certas pessoas. Tenho pena, mas a vida chama por mim. O meu copo ainda só agora começou a encher, mas o copo de alguns já transborda.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Childhood days...






"I want to go back to when getting high meant on a swing,
when drinking meant apple juice,
when protection meant wearing a helmet,
when the worst thing you could get from boys were cooties and the worst thing you could get from girls was a cold,
when mum was your only hero and dads shoulders were the highest place on earth,
your worst enemies were your siblings,
when the only drug you knew was cough medicine,
when wearing a skirt didn't mean you were a slut,
when the only thing that would hurt you were skinned knees,
when the only thing that could be broken were your toys,
when the only way to put make-up on was past your lips, and bright coloured cheeks,
when to when we could wear whatever we wanted, and not be judged about it.
when goodbyes... only meant till tomorrow!"



Já tinha este texto gravado há bastante tempo, hoje reencontrei-o, e hoje faz todo o sentido...