segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Leafless tree.


Sinto uma mudança em mim. Estou bastante mais fria com todas pessoas que me rodeiam, pessoas essas que não merecem esta minha súbita frieza.
Tento agir de forma diferente, mas não consigo, parece existir algo que me impede...
O quê? Não sei...
Só sei que já não me reconheço!
Porquê? Não sei...

Sinto-me demasiado velha, demasiado adulta, demasiado pesada, presa num corpo jovem...
Sinto-me seca, como uma árvore sem frutos, sem folhas em pleno Verão.

Não gosto do que me tornei!

Sei que não posso ser criança para sempre.

Mas passei de uma criança sonhadora para uma velha sem sonhos.
Passei de sentir tudo pela primeira vez, para a completa ausência de sentimentos. Apenas um leve sentimento de tristeza e de nostalgia.

Devia existir uma fase intermédia, certo?? Sempre gostei de limites, no entanto o intermédio é necessário.


Os dias passam... Uns iguais aos outros... Passam devagar, tão devagar que magoa. Como um filme parado, que não tem fim e para o qual não tenho qualquer comando.

Estou vazia, apenas o alento de que uma nova mudança surja, um acontecimento inesperado (mas tão, tão esperado) , me faça sair desta monotonia exaustiva, que ultimamente tem sido a minha vida.

Deixada na mão...


A pouco e pouco,

estou a ser deixada para trás...

Devido a não existência de um ser,

para caminhar ao meu lado...


As prioridades de todos à minha volta,

estão a mudar...

Eu não mudo.

Estou parada no tempo,

não avanço...

Não consigo acompanhar!

Apercebo-me da solidão...

Os violinos aqui não tocam.

Apenas o silêncio,

o silêncio ensurdecedor...

O Sol brilha,

mas não me aquece!

Sinto-me gelada...

Quero sentir o calor!!



Espero, espero, espero...

Espero por algo para seguir em frente!!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Encontrei o Norte! ;)


I wasn't sure about anything...
Too frightened to do something... Too confused to act..

However not anymore!!

The reason is that now I know what I want!

I don't know what to do to reach it...
I just know that I want it!
The way to get it didn't cross my mind until now..
But knowing what it is, it's a major improvement..
Just for the fact I found myself again, I found my goals, I found a reason to fight...

I was a prisioner of the past!

However not anymore!!

I look ahead and what I see??
A big steep mountain, but behind it it's the sun!! :DD

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Nada de nada


Escrevo sobre nada, mas até o nada é qualquer coisa...

Apetece-me escrever, mas falta o tema, falta a inspiração. Vontade tenho-a, mas sem assunto, ela não leva a lado algum.

Gosto do nada, do vazio, do oco, mas não gosto de escrever sobre isso...

Mas neste momento o nada enche-me a mente e não há nada que eu possa fazer...

Nada...

Nada...

Nada...

Nada peixinho pequenino no mar vazio dos teus ocos e vãos pensamentos.

Vida Inútil.


À janela, a fumar um cigarro vejo as pessoas a passar...

Atarefadas, nem me vêem! Olham-me, mas não me vêem... Eu vejo-as, também não tenho mais que fazer.

Escrevo para me manter ocupada, já que na minha vida, existe espaço a mais para o ócio.

Distraio-me com as formas que o fumo faz...

Ao invés de sentir energia, já que não a gasto, sinto-me cansada pois a inutilidade da minha vida cansa-me!

Rua pacata esta, sem grande actividade, apenas a deslocação dos atarefados... Sinto inveja dos atarefados que passam com um destino. Eu não tenho rumo, apenas sonho com um...

Quero voltar ao caos, aos horários a vida rotineira e stressante que levava. Porque a inutilidade da vida que levo cansa-me...

Vejo um pássaro a planar e até a ele o invejo, pois ele tem um destino.

Vejo as nuvens e também as invejo pois têm funções, estas estão ali por uma razão.

Eu não tenho um destino, rumo, não tenho funções e a razão pela qual aqui estou, ainda não foi por mim desvendada.

Deambulo pelo mundo observando-o, não fazendo parte dele.

Canso-me, até para escrever estas linhas me dá a preguiça, a minha grafia demonstra isso mesmo, desalinhada sem preocupação para se manter no mesmo espaço, tanto vai para cima como vai para baixo.... A minha mão é preguiçosa, pois a dona dela também o é.

Canso-me até de pensar...

Canso-me de ver o mundo em acção, por isso mesmo não faço parte dele.

Divido-me, não sei se cansa mais ser um mero espectador do teatro à minha volta, se um actor com um guião definido.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Estória.


Era uma vez uma minhoca, que vivia no mundo dos sonhos. Ela era apaixonada por o mundo e vivia no desejo de encontrar o seu príncipe.

Procurou intensamente, procurou e procurou, mas não o encontrou.

Apenas reencontrou um antigo amigo, o Centopeia, que agora a fazia sentir pequena. Passado um tempo, inúmeras conversas e alguns encontros a Minhoca decidiu que o Centopeia era o bicho da sua vida. Então fazia de tudo para que o Centopeia, insecto inteligente, gostasse dela. Incluindo
não mostrar o seu verdadeiro eu, só para agradar o grande Centopeia.

Ela apaixonou-se, o Centopeia não sei, só sei que namoraram. Mas o Centopeia era de longe e a distância obrigou-os a separar.

A Minhoca ficou muito triste, o Centopeia não sei. A Minhoca para o esquecer andou com muitos bichos, mas nenhum deles era igual ao Centopeia.

Certo dia, encontrou uma barata, muito simpática. Andam juntos, mas a Minhoca ainda pensa no Centopeia...


A continuar...

The first cut is the deepest

Ainda não te esqueci...

Utilizei pessoas para o fazer,

Mas não o consegui!

Será que alguma vez o conseguirei?


Ainda não te esqueci...

Gosto de alguém,

Mas tu assombras-me!

Será que alguma vez irás embora?


Ainda não te esqueci...

Estou cansada!

Porque não me deixas?

Será que alguma vez me deixarás?


Ainda não te esqueci...

Vai-te embora!

Não te quero mais aqui!

Será que alguma vez o farás?


Ainda não te esqueci...

Deixa-me!!!

Pará, por favor!

Será que alguma vez irás parar?


Será que alguma vez irei amar como te amei?

Será que alguma vez...?


Tento...


Tremo, quando oiço o teu nome.

Congelo, quando te vejo.

Bloqueio, quando falo de ti.



Quero seguir em frente!

Quero ser-te indiferente!

Deixas-me?

Vácuo

Sozinha, sento-me...

Penso e repenso,

Avalio-me.

Não consigo!


Fumo um cigarro...

Tento outra vez,

Não sai nada.

Estou vazia, tal qual um tambor por dentro!


Fumo um cigarro...

Quero amar, mas não posso.

Quero pensar, estou em bloqueio.

Quero fugir, não tenho sitio.


Fumo um cigarro...

Fumo, fumo, fumo e o fumo não sai... Enche-me por dentro!

Love effect

Estou revoltada com o amor! Estou chateada com ele!!

Porquê?

Porque sei que quando o estamos sob o seu efeito, ele transforma-nos e faz-nos agir duma forma que era para nós impensável.